quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Texto por Rosa Teixeira Ribeiro


"Ele não olha: vê;
não narra: vive;
não reproduz: recria;
não encontra: busca…”

Mal conheço o Fernando.
O pouco que sei, e o muito que adivinho, bole comigo, de forma epidérmica, pouco intelectualizada.
A sua reserva romântica, a calma e modesta figura, o tímido sorriso suave, o olhar perfurante, numa permanente atitude de quem quer acalmar o mundo.
Sinto na sua pintura a mesma austeridade serena que envolve e sossega.
Uma energia tensa e criadora, que interroga e não deixa indiferente.
Sua expressão solta e livre cria uma atmosfera única, densa.
Força e fragilidade alternam ou coabitam, e conduzem subtilmente à consciência do valor do silêncio.
Sugere, sem impor, o seu universo, o seu horizonte, o seu infinito.
Não sei, onde, é tantos.

Rosa Teixeira Ribeiro
Nantes, Outubro 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário